Não sei qual é a bolha de vocês, mas é bem provável que alguma notícia ou post alcançou vocês falando sobre os poderes da AI, suas capacidades, usos e como ela vai transformar nossa maneira de criar, pesquisar, organizar informações e até produzir conhecimento.
Fico muito dividido entre a admiração e a angústia com tudo isso.
Primeiro, porque o ritmo com que novas soluções de AI surgem é avassalador: todo dia aparece uma aplicação nova que é superior a de meses atrás, a máquina entende nossa fala, nossa escrita, nossas expressões faciais, a máquina produz fluentemente textos, traduz, fala, cria arte, músicas, vídeos, objetos 3D, assets para jogos, escreve artigos, encontra padrões e faz diagnósticos e etc. Espera, deixa eu pisar no freio…
Ok, vamos lá. A ideia aqui, para fazer valer o título, é falar o que de bom podemos extrair disso tudo. Estamos só no começo de uma onda que, de fato, vai mudar drasticamente o mundo daqui para frente. Se vai ser bonito eu não sei, mas por enquanto, vamos acreditar que sim.
O que você gostaria de criar? Seja lá o que for, usando Midjourney, DALL-E, Stable Diffusion, o próprio Photoshop (Firefly) — e outras tantas opções — você tem uma ferramenta de inspiração, é um grande aliado para formar repertório e dali extrair novas ideias. Arrisco até a fazer um paralelo com o Pinterest: no Pinterest você busca por referências que já foram criadas antes, que estão por aí, enquanto que com as ferramentas de AI você comanda a criação de algo novo e muito mais orientado a sua visão, estilo e necessidades.
Aliás, Lexica e PromptHero são dois ótimos buscadores onde você encontra criações baseadas em AI e, o mais importante, é uma excelente fonte para você poder conhecer os prompts por trás dessas artes produzidas. Prompt, caso você não saiba, é o texto que se escreve para que a ferramenta de AI crie imagens a partir das suas orientações. Logo mais vão falar que prompter é a nova profissão do momento.
Você pode criar conceitos de design, testar novas ideias de roupas, novos carros, wearable devices, enfim, imaginar novos produtos e realidades. Criar ideias de móveis, personagens, ambientes, idear em projetos de arquitetura e paisagismo, experimentar diferentes linguagens visuais: passando por diversos estilos artísticos, estilos de traço e desenho, 3D, até a fotografia e hiper-realismo.
Indo de materiais usados apenas para referências, ou para ilustrar uma ideia, até a produção de fotos ou imagens para publicações, jornais e revistas, peças criativas para redes sociais, ou mesmo criações (artes) que serão aplicadas em produtos comerciais, a geração de imagens por AI vai impactar mercados e profissões profundamente.
Agora me recordo de duas entrevistas que vi recentemente, nelas Tarantino e Rick Rubin falavam do seu trabalho e processo criativo. São entrevistas diferentes, feitas em momentos diferentes. Mas os dois resumem, de forma muito parecida, qual é a sua maestria — a capacidade de expressar aquilo que gostam e não gostam, de imprimir sua estética e imaginação ao descrever o que (e como) deve ser feito, fazendo com que a soma de suas direções resulte em algo único. E cada vez mais imagino que essas capacidades de visualização e descrição, junto com uma bagagem estética, serão fundamentais para que as pessoas possam utilizar melhor as novas ferramentas de AI.
Por onde começar, não é mesmo? A comunidade de AI é enorme, há tantos fóruns, grupos e redes e dali surgem tanto conteúdo e novidades que é impossível acompanhar de perto. É praticamente um criadouro de FOMO. E aqui é uma corrida à parte. As Big Techs estão investindo pesado para facilitar o acesso a estes assistentes e, muito em breve, eles estarão disponíveis de forma nativa nos buscadores e nos vários sistemas operacionais.
A magia aqui é a capacidade da máquina em interpretar linguagem natural, a linguagem como falamos ou escrevemos. E responder da mesma forma, usando também uma comunicação natural como se fosse uma pessoa respondendo e criando textos.
Artigos, pesquisas, contos e poemas, peças de teatro, posts de blogs e redes sociais, redações legais, trabalhos escolares, resumos para SEO, roteiros para vídeos, plano de negócios e etc. De novo, tudo começa com seu prompt.
Seu assistente irá escrever textos para você e até mesmo conversar, trocando ideias a partir dos seus prompts. Nesse momento, o mais interessante é mapear as capacidades entre as diversas opções, basicamente separando por (a) assistentes que buscam na internet; e (b) assistentes que simplesmente criam textos de forma mais inventiva. Estes últimos, como o próprio ChatGPT (na maior parte dos casos), geram conteúdos sem atração com a realidade e os fatos. Um exemplo recente, o NYT publicou o caso de um advogado que usou o ChatGPT em sua manifestação, citando precedentes que não tinham base legal e sequer existiam.
Pois é, cabe uma análise sobre como estes conteúdos vão impactar na nossa visão de mundo e vão ajudar a criar mais ruídos e dissonância, em meio a fake news, ao excesso de informação e a nossa capacidade limitada de atenção no mundo moderno — cada vez é mais difícil discernir o que é verdade, fato, opinião e o que é bobagem. Ok, deixemos isso para um próximo texto.
Voltando a falar das principais soluções de assistentes de escrita. E enquanto Google Bard não está disponível no Brasil. Hoje, a briga mais acirrada fica entre Bing Chat e ChatGPT. Quer dizer, meia briga porque a Microsoft é a principal investidora da OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT.
O Bing Chat é totalmente gratuito e tem uma enorme vantagem sobre o ChatGPT: a capacidade de pesquisar na web e, dessa maneira, conseguir trazer fontes reais para as pesquisas e textos gerados pela ferramenta. Só que, o ChatGPT faz pesquisa na web na versão 4, que está disponível apenas para assinantes, mas também conta com um conjunto de plugins que adicionam novos recursos à ferramenta. ChatGPT também tem uma escrita mais aprimorada, às vez o Bing Chat é um pouco repetitivo ou
Essas ferramentas têm um enorme potencial de serem autores, facilitadores de pesquisa e análise de dados, companheiros de conversa, educadores, consultores, assistentes de programadores, são copilotos de nossa criatividade.
Antes de resolver descer essas linhas todas, pedi para o ChatGPT escrever esse mesmo post, a seguir vocês podem conferir a contribuição dele.
Vivemos em uma era de aceleração tecnológica constante. A cada dia, novas ferramentas e tecnologias são lançadas, ampliando as possibilidades para criadores e inovadores. Entre essas novas tecnologias, a Inteligência Artificial (IA) tem se destacado como um poderoso copiloto para a criatividade.
A IA tem revolucionado a maneira como pensamos sobre criatividade e design. Ela permite que criativos prototipem ideias rapidamente, visualizem conceitos de forma mais eficaz e explorem novas possibilidades. Um exemplo disso é o Midjourney, uma ferramenta que transforma descrições de linguagem natural em imagens. Essa tecnologia permite que os criativos visualizem suas ideias, fornecendo uma base sólida para projetos e campanhas. Além disso, existem uma variedade de plugins de IA que podem ser usados para aumentar a criatividade e a eficiência. DeepArt.io, Runway ML e Artbreeder são apenas alguns exemplos de como a IA está sendo usada para transformar a maneira como criamos e compartilhamos arte e design.
Na Bolha, estamos constantemente mergulhando de cabeça nas últimas tecnologias emergentes. Temos estudado e testado amplamente essas ferramentas de IA para entender como elas podem ser usadas para impulsionar a inovação e a criatividade.
É importante lembrar, no entanto, que a IA não está aqui para substituir a criatividade humana. Ao contrário, ela serve como uma ferramenta que pode ampliar nossa capacidade de criar e inovar. A IA pode nos ajudar a experimentar novas ideias, a aprender com nossos erros mais rapidamente e a explorar novos horizontes de criatividade. Não importa como você interpreta a IA, ela está aqui para ficar. O uso responsável e criativo dessa poderosa ferramenta depende de nós.
Para concluir, a IA é um recurso incrivelmente poderoso que está remodelando a maneira como trabalhamos e criamos. Ao abraçar essa tecnologia, podemos explorar novas fronteiras de criatividade e inovação. Seja você um artista, designer, profissional de marketing ou empresário, a IA tem algo a oferecer. E aqui na Bolha, estamos animados para ver onde essa jornada nos levará.
Venha conosco nessa jornada de descoberta e inovação. Com a IA como nossa copiloto, as possibilidades são verdadeiramente infinitas.
Talvez daqui para frente a gente tenha cada vez mais conteúdos assim, um pouco pasteurizados, um pouco resumidos demais, um pouco sem dizer muita coisa no meio de palavras e mais palavras. Ou não, vai ver os assistentes evoluem absurdamente (eles vão evoluir) e o bastante para produzir uma escrita criativa cada vez mais rica, mais elaborada e com personalidade. Só nos resta agora aguardar e, sem perder tempo, começar a experimentar estas novas ferramentas.